Portugal perde frente a Israel. Sonho continua de pé

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Portugal não conseguiu ultrapassar a seleção de Israel, perdendo por 5-15 (1-6, 2-1, 1-3, 1-5), no primeiro de três jogos da fase de qualificação que estão a decorrer em Malta, com o objetivo final de garantir um lugar no Campeonato da Europa que terá lugar na Croácia.

Subiu a bandeira nacional em solo Mediterrâneo, entoou-se “A Portuguesa” que gerou, com toda a certeza, “pele de galinha” nas pupilas agora orientadas pelo selecionador António Machado. Piscina ao ar livre, algum frio à mistura, mas nem isso abalou a seleção lusa que entrou com mais vontade de dominar a partida, tendo conseguido ganhar a bola e partir, em primeiro, para o ataque. Contudo, não foi fácil desmontar a defensiva israelita que fechava todos os caminhos para a sua baliza através da defesa “pressão” que exerceu durante grande parte do encontro. No entanto, a atleta das quinas Beatriz Pereira conseguiu desfazer-se desse “pressing”, faturando o único golo deste primeiro parcial com um remate bem colocado ao ângulo da baliza adversária. No ataque, as forasteiras fizeram imensas movimentações, fazendo com que houvesse muitas situações de inferioridade numérica por parte das portuguesas e, consequentemente, tentos com êxito.

No segundo parcial, nota para a extraordinária evolução portuguesa, dois excelentes golos da atleta Catarina Reis e uma maior solidez defensiva que levou apenas a que a rede abanasse apenas por uma vez.

No terceiro período, continuou-se a assistir a uma partida com um ritmo bastante alto, com Portugal a intrometer-se em maior quantidade na área israelita. A guarda-redes Maria Sampaio ia dando esperança e força às companheiras graças a algumas intervenções que ia tendo diante os postes. Há a destacar um embate 1×1 com uma jogadora Israelita onde a atleta, que atua no Benfica, fez uma enorme defesa que mereceu aplausos por parte das companheiras e dos escassos adeptos da formação das quinas que se fizeram ouvir em Malta. Porém, a bola teimava em não entrar. Não só no futebol, mas nos desportos onde há uma baliza ou um cesto (basquetebol), “quem não marca, arrisca-se a sofrer”, assim aconteceu e Israel deitou por terra um pouco da esperança que se fazia sentir no grupo lusitano.

Nos últimos oito minutos, Portugal ainda beneficiou de um penálti que foi efetuado com êxito por parte da atleta Jéssica Teixeira, mas o domínio ficou do lado visitante que foi avolumando o resultado perante algum cansaço da equipa das quinas.

Um desaire custa mais a digerir que uma vitória, todavia, há a destacar boas ações do jogo de Portugal, entre as quais a capacidade de resiliência e o espírito coletivo que é fundamental no desporto. É tempo de descansar, refletir no que não correu tão bem para que o encontro diante Malta (este sábado, pelas 17:30) possa ter um desfecho diferente, se possível, com um triunfo.

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