Na história da natação portuguesa, este nadador irá ficar a perpetuar para sempre no álbum de celebridades do Desporto Português e olímpico como uma das maiores figuras nas épocas de 1940-1960.
Nascido no Algarve, na cidade de Olhão, com três anos de idade, muito jovem, veio morar para a Cruz – Quebrada, ficava a pouco de Algés, mais propriamente da piscina do Sport Algés e Dafundo.
Iniciou a sua aprendizagem como nadador com o mestre Hermano Patroni, que mais tarde passou a ser seu treinador.
Eduardo logo muito jovem salientava-se na classe de infantil a onde se salientou com os seus triunfos, estando sempre nos lugares de honra no seu escalão etário.
Aos 15 anos na categoria de iniciados, deu nas vistas nos quadros de honra nas listas dos recordes, incluído na estafeta de 3×100 estilos, tendo participado na técnica de costas, com a marca de 1.21,5, com brucista Joao Bichinho e livres, Fernando Madeira.
Aos 17 anos, ao longo dos seus 17 anos, foi várias vezes campeão nacional neste escalão.
Foi um assíduo participante em provas de águas abertas. Agora se chama águas abertas, mas na altura eram provas de mar e fluviais.
Como todos os jovens na altura, participavam nestas provas com objetivo de arranjar maior resistência, porque a piscina servia para a velocidade, tendo participado em várias travessias (aqui eu era um dos seus adversários, quando nadava pelo Adicense e Belenenses).
Lembro-me com saudade do seu pai e o irmão Manuel.
Provas como Travessia de Tejo, entre Trafaria-Algés, lembro-me ainda na categoria de Júnior quando pela primeira vez, nesta travessia, Eduardo, foi segundo, seguido do Fernando Madeira, que foi o vencedor, deixando os consagrados nadadores de Alhandra, com o seu delfim, Batista Pereira, a sofrer a sua primeira derrota nas águas do Tejo. Fez uma parte da sua carreira como nadador de águas abertas: Travessia do Tejo Vila -Franca Xira – Alhandra, Sesimbra, Povoa Santa Iria, Travessia do Sado e muitas outras.
Participação olímpica em Helsínquia em 1952
Nesta festa desportiva, marcou a sua presenca, tendo nadado os 200 bruços em mariposa clássico. Além de nadador também participou como jogador de polo aquático.
Integrado como jogador muito rápido de water-polo, participou contra Egipto e Brasil.
Durante o seu percurso de nadador teve como treinadores além de Hermano Patroni, aquele que mais anos o treinou. Ainda teve cerca de três anos o Emmeric Szazs, com Sintaro Yokochi, apenas no seu fim de carreira.
Para além dos títulos de campeão e recordes nacionais que obteve, pode afirmar-se que um dos aspetos mais significativos, segundo ele, terá sido o facto de ter “revolucionado” as provas de 100 e 200 brucos em Portugal, ao nadar em tempos rápidos, recordes nacionais. Nesse tempo, a mariposa só em 1 de janeiro de 1953 foi aprovado como os quatro estilos. Os nadadores da especialidade ou nadavam toda a prova em bruços ou começaram em mariposa. Em 1949, Eduardo Barreiro foi considerado como o melhor nadador pela FPN.
Paz à sua alma, aqui deixamos com saudade alguns dados históricos da sua carreira como nadador.