A nadadora russa Yulia Efimova, quatro vezes campeã do mundo, vai recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) da sua exclusão dos Jogos Olímpicos Rio’2016, anunciou o agente da atleta.
“Tomámos a decisão de recorrer para o TAS”, disse Andrei Mitkov, declarações à imprensa russa.
A Federação Internacional de Natação (FINA) anunciou, esta segunda-feira, a exclusão de sete nadadores russos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, por incumprimento das regras antidopagem definidas pelo Comité Olímpico Internacional (COI).
Os atletas em causa são Nikita Lobintsev, Vladimir Morozov e Daria Ustinova, cujos nomes aparecem no relatório McLaren, e de Mikhail Dovgalyuk, Yulia Efimova, Natalia Lovtcova e Anastasia Krapivina, excluídos pelo próprio Comité Olímpico Russo (COR).
Bronze em Londres’2012, Efimova era a maior esperança da natação russa no Brasil, mas um controlo positivo por anabolizantes em 2013 levou a um castigo de 16 meses.
Efimova também foi suspensa em março por consumo de Meldonium, fármaco cardiovascular proibido desde o início do ano, mas foi absolvida em julho.
O COI atribuiu no domingo às federações internacionais a responsabilidade de decidir se os desportistas russos podem competir no Rio2016.
A FINA torna-se assim no primeiro organismo mundial a impor suspensões na sequência da decisão do COI.
No momento de tomar esta decisão, a FINA diz ter tido em conta três fatores.
O primeiro era a de que o nadador não aparecesse no relatório McLaren, um documento, solicitado pela agência mundial antidopagem (AMA), cujas conclusões apontam para um esquema organizado de doping na Rússia, com a colaboração estatal.
Em segundo que a sua inscrição estivesse condicionada a um controlo antidoping supervisionado pela própria FINA e não pela Rússia e, em último, que o nadador não tenha sido suspenso pelo COR.
Entre os sete nadadores agora excluídos, Nikita Lobintsev, Vladimir Morozov, Daria Ustinova, Mikhail Dovgalyuk, Yulia Efimova, Natalia Lovtcova e Anastasia Krapivina não cumpriam os requisitos.
A FINA adiantou também que voltará a analisar as amostras recolhidas aos nadadores em 2015, nos Mundiais de Kazan, na Rússia, com o objetivo de garantir que apenas aqueles que estejam limpos possam competir no Rio’2016.
Os atletas que forem aceites devem cumprir uma serie de critérios, entre os quais nunca terem sido sancionados por doping, sendo que todos serão submetidos a rigorosos controlos antidoping antes do evento, realizados pela AMA.
A equipa russa era composta por 387 desportistas, mas foi encurtada a semana passada após a interdição da equipa de atletismo, excetuando a saltadora em comprimento Daria Klíshina, que há três anos treina nos Estados Unidos.