“Acabou por ser [a prova da minha vida]. Não tive a classificação que tive em Setúbal (16.º lugar), mas fiz perto de sete quilómetros com o grupo da frente e à frente de nadadoras que já foram campeãs do Mundo, campeãs da Europa e tudo e mais alguma coisa”. Foi assim que comentou Vânia Neves, no final da maratona de 10 km dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, tendo obtido o 24.º lugar com 2.01.39,3 horas, numa competição dominada pela holandesa Sharon Van Rouwendall com 1.56.32,1. A prata foi para a italiana Rachele Bruni (1:56:49.5) e o bronze para Polina Okimoto (1.56.51,04).
“O balanço é bastante positivo. Consegui ir grande parte da prova com o grupo da frente, o que não estava à espera que fosse acontecer. Acabei por ficar para trás num contacto numa das últimas bóias, na terceira volta. Fiquei sozinha na última volta, o que torna a prova ainda mais complicada. Estou bastante satisfeita”, referiu.
A atleta nacional elogiou as condições verificadas à hora da prova e identificou o grande problema nessa última volta: “Numa das últimas voltas, durante o contorno, acabei por levar uma cotovelada no olho, uma cotovelada nas costas e acabei por ficar um bocadinho desorientada”.
O foco volta-se para Tóquio, em 2020: “Esperemos que sim, agora são mais quatro anos a trabalhar”, concluiu.