
Não fossem uns minutos de desconcentração no quarto período, o Fluvial Portuense bem que poderia ter saído hoje da piscina com uma histórica vitória na Liga dos Campeões. Estiveram perto, mas não chegou.
Ante os turcos do Enka Sport, os campeões de Portugal dignificaram o polo aquático nacional com uma exibição muito positiva, onde sobressaiu Tiago Aparício que foi enorme na baliza dos portuenses. Muito se deve a ele a dúvida sobre o vencedor até aos momentos finais da partida. Joan Albella terá agora um problema em mãos – ou talvez não –, já que Carlos Gomes, reforço vindo do rival Paredes, veio para ser o titular da baliza fluvialista.
O Fluvial Portuense demonstrou ao longo da partida uma grande solidariedade defensiva, bem compactos no seu reduto, transbordando a inspiração de Aparício na baliza. Seria injusto não destacar um outro jogador que na defesa foi imperial: Jorge Lopes fez uso da sua experiência para comandar o setor mais recuado.
Na frente, Pedro Sousa carregou com a sua equipa. Deu para perceber, pelas indicações de Albella, que o melhor marcador do campeonato português na temporada passada tem jogadas específicas para ser o finalizador.
O jogador português fez dos seus adversários, em alguns lances, “gato-sapato”, apontando três golos e arrancando várias expulsões.
O Fluvial ainda chegou a sonhar quando esteve, por duas vezes, na frente do marcador (5-4 e 6-5), mas o Enka beneficiou de algum desacerto fluvialista no quarto período e aproveitou para dar a volta e fixar o resultado em 8-6.
Para este domingo (11h30), o Fluvial vai sentir muitas dificuldades perante uma forte equipa russa de Kazan que, para sair do Porto no primeiro lugar do Grupo C, vai ter de marcar o maior número de golos, já que o Verona tem os mesmos pontos na liderança.
Foto: LF Nunes