Já com o fogo de Zeus a arder na pira do Estádio Olímpico de Tóquio, José Paulo Lopes estreou-se nos Jogos Olímpicos a nadar a prova de 400 estilos, com um recorde pessoal, ainda com pouco tempo de existência, tendo-se classificado em 20.º lugar da geral.
O nadador português tinha a lição bem estudada e sabia exatamente ao que ia.
A concentração estampada no rosto momentos antes da partida e os dois primeiros parciais da prova, com 58.33 seg. a mariposa e 1.05,00 min. a costas, deram logo a entender que, além do recorde pessoal alcançado, o nadador ia determinado em bater o recorde nacional absoluto (RNA), que pertence a Alexis Santos desde os Jogos Olímpicos (JO) do Rio de Janeiro 2016, com o tempo de 4.15,84 min. Uma ambição lícita ou não estivéssemos a falar de JO.
Um percurso de bruços menos conseguido, com o tempo de 1,13,72 seg., condicionou de forma importante a possibilidade de obter um novo RNA. Para tal, o percurso de crol teria de ser na casa dos 58 seg., o que seria menos provável de acontecer.
Apesar disso, a entrada na competição foi positiva, deixando antever uma excelente prova de 800 livres, onde o nadador é especialista e atual recordista nacional absoluto.
A final desta prova, que se realiza na manhã do dia 25 de julho em Tóquio, abre com o tempo de 4.09.27 do nadador australiano Brendon Smith, que bateu o recorde da Oceania e fecha com 4.10.20, o que deixa antever uma final bastante competitiva.
Créditos da foto: FPN