Tamila Holub: “Não perdi nada, ganhei mais experiência”

 
  

Tamila Holub acredita que acusou o desgaste de uma época muito preenchida na prova dos 800 metros livres dos Jogos Olímpicos Rio2016, mas prometeu continuar a trabalhar para chegar a uma final em Tóquio.

“Faço um balanço relativamente positivo. Nunca se sai a perder, sai-se sempre a ganhar. Não perdi nada, ganhei mais experiência. Saio com a sensação de que na água dei tudo. Tentei manter a melhor forma física, pelos vistos não consegui isso a 100 por cento. Mas, saio bastante satisfeita até”, começou por dizer depois de concluir a sua prova.

A jovem de 17 anos ficou, esta quinta feira, a quase 10 segundos do recorde nacional, que lhe pertence, ao nadar as eliminatórias dos 800 metros livres dos Jogos Olímpicos Rio2016 em 8.45,36 minutos. “Não deu (para bater o recorde nacional). Foi o resultado de uma época muito preenchida. Estive nas duas seleções ao mesmo tempo – na júnior e na absoluta – e acabei, no fim, por ter de pagar a conta”, disse.

Era difícil esta no máximo em todas: “Realmente, foi muito difícil fazer os picos todos. Tive de fazer o pico para aqui, para conseguir os mínimos, outro para os Europeus e agora este terceiro. Já não ia a tempo de fazer outro pico, por isso era tentar manter. Mas, isso é o que custa mais: manter a forma. É bastante difícil”, reconheceu.

A recém-coroada campeã europeia júnior dos 1.500 metros livres indicou ainda que foi a primeira vez que teve de nadar eliminatórias para ir à final, algo que não acontece em Europeus e Mundiais e que não se adaptou aos horários inusuais das provas do Rio2016.

“Apesar de agora ser de tarde, eu ainda tenho a sensação de estar a nadar de manhã. E isso, para mim, influencia um bocado, porque em Portugal estou habituada a nadar de tarde, quando estás muito mais solto. De manhã, estás mais preso. Tentei não pensar nisso, mas nota-se um bocado. Fica-se um bocado confundida”, confessou.

Para Tamila Holub, a mais jovem da Missão portuguesa, a seleção portuguesa ainda tem uma grande margem de progressão, ao contrário de algumas nações.

“Nós não temos a pressão de sermos os melhores. Temos este e aquele problema e temos de trabalhar neles. Isso é motivador, porque sabemos que ainda temos muita coisa para fazer”, prosseguiu, frisando que a análise muito positiva do Rio2016 a faz ter motivação para continuar a trabalhar.

A nadadora do Sporting de Braga acredita que os próximos Jogos Olímpicos vão correr melhor, apontando como meta a presença numa final. “Sei que vou ter quatro anos para trabalhar. É só continuar com o mesmo empenho e paciência”, defendeu.

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