Alguns órgãos de Comunicação Social portugueses noticiaram que vários nadadores tinham garantido, no passado fim de semana, em Coimbra, a presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Não é verdade.
Disso mesmo dá nota o site brasileiro Best Swimming. “Nunca é demais para lembrar, somente as marcas ‘A’ garantem vaga automática. Neste final de semana, a imprensa de Portugal comemorou três marcas ‘B’ como garantia de presença no Rio 2016, o que não é real”, lê-se no site de natação gerido pelo treinador Alex Pussieldi.
O mesmo site explica os critérios determinados pela FINA/COI: “1.º todos os atletas com marcas ‘A’; 2.º todos os atletas para compor as 16 equipas das seis provas de estafetas; 3.º todos os atletas convidados pelo sistema de universalidade; 4.º “Todos os atletas com marcas ‘B’ chamados pela ordem de pontos FINA, independente da prova e do sexo até completar o total de 900 nadadores”.
“Assim, os atletas com a marca ‘B’, além de serem os últimos a serem chamados, terão o número de vagas determinado pelo que ‘sobrar’ dos outros critérios”, refere o Best Swimming.
Alexis Santos (Sporting), Diogo Carvalho (Galitos) e Victoria Kaminskaya (Estrelas S. João de Brito) são, até ao momento, os únicos nadadores portugueses com os dois pés no Rio de Janeiro.
Tamila Holub (Sp. Braga) tem mínimo ‘B’ (ou mínimo FPN) nos 800 livres e encontra-se bem colocada no ranking internacional para garantir a presença nos Jogos Olímpicos.
Ana Catarina Monteiro (Fluvial Vilacondense), com mínimo ‘B’ nos 200 mariposa, sabe desse risco e, esta semana, escreveu no Facebook que “o sonho está cada vez mais perto, o caminho está a ser feito devagar, mas de forma segura”.
Miguel Nascimento (Estrelas S. João de Brito) e Nuno Quintanilha (Colégio Vasco da Gama) têm ambos mínimos ‘B’ nos 200 mariposa – o primeiro está em vantagem – e o Meeting Internacional do Porto WOS, agendado para o próximo fim de semana, surge como decisivo já que é a última prova para a obtenção de mínimos em Portugal.
Há outras competições fora de Portugal, até ao início de julho, que permitem obter mínimos para os Jogos Olímpicos.