Prosseguimento da história do Centenário do nascimento da natação no Belenenses

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… dos anos duradouros de 1926 até 1940, em que se sobressaíram João Silva Marques, Delfim da Cunha, dois dos maiores vultos da natação de todos os tempos (na altura), Orlando Serra, Licínio Vaz, Libe Ritmo Vaz, Otaviano Benedito, Lionel Freitas, Eduardo Serra, Alexandre Leal Dias, Joaquim Nunes, Francisco Gramacho, João Mendes e Ana Linheiro – que foi campeã indiscutível e recordista nas mais diversas técnicas de crol e costas, Luís Reis, Agostinho Batista, Fernando Azevedo, Humberto Azevedo, Armando Mendes, Humberto Azevedo, Homero Serpa, e tantos outros menos conhecidos, mas igualmente briosos nadadores.

A natação teve os seus períodos de eclipse nos anos 40 a 50, nunca num eclipse total. Foi sempre uma modalidade ativa no clube e a enriquecer as suas vitrines de troféus, em natação pura e no water-polo.

Nas décadas de 50, na natação de competição apenas Ana Linheiro levava o nome do Belenenses, as piscinas e aos jornais com as suas proezas extraordinárias nos seus estilos inconfundíveis de costas e livres, somava recordes atrás de recordes de categorias e absolutos.

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Nestas alturas, o Belenenses, sem mínimo de condições de treino, seu fervoroso adepto da modalidade derivado aos feitos da sua filha, era ao mesmo tempo o responsável pela natação do clube, e por sua conta pagava as despesas dos treinos na piscina do Algés. Até que em 1946, sua filha se casou e arrumou o seu fato de banho na sua estante de recordações!

No mês de fevereiro de 1950, a natação sentiu com o falecimento de Delfim da Cunha, na altura era treinador da equipa, depois de um passado glorioso na Natação Portuguesa… sendo Luís Carlos Reis, o nadador que passou a ser o técnico responsável da natação no Belenenses.

Até que um dia dos anos 50, um grupo de elementos dos nadadores mais antigos se reuniram com o senhor Pereira da Silva, uma pessoa muito dedicada à natação, Era dirigente da ANL e membro de uma comissão da natação do Belenenses, que mantinha com Armando Mendes, Humberto Azevedo, Homero Serpa, Alberto Correia e Luís Carlos Reis. Este grupo, chamado Sagrado da Modalidade do clube, era um exemplo de clubismo.

Deste grupo, se juntaram esforços e aí da sob a experiência de Pereira da Silva e Alberto Correia, o querer do grupo era muito grande, e nada fazia recuar fosse quem fosse. Puseram mãos à obra, não havia piscinas, mas como havia muita vontade a falta de um local próprio para treinos e ensino, competições de natação e water-polo, nada desanimou os “Os Rapazes da Praia” como eram assim chamados, moldados em Belém e feitos de barro especial que deu os bons momentos nas docas, com os seus problemas das marés. Mas nunca desistiram.

Até que surgiu a hipótese de a natação ir para o Tanque do Jardim do Ultramar.

No próximo capítulo, Natação do Tanque do Jardim do Ultramar “caldo verde”.

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