Presidente do COP sugere “mais seletividade de atletas” para Tóquio-2020

 
  

José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), considera que é necessário “mais seletividade dos atletas que integram o programa de preparação olímpica” para Tóquio-2020.

O líder do COP está a participar na II Convenção Portuguesa de Natação – Rumo a Tóquio 2020, a ter lugar no Instituto Universitário da Maia.

“49 por cento dos atletas apoiados não conseguiram confirmar o apuramento para os Jogos do Rio de Janeiro, é uma taxa alta, valor que tem de ser reduzido aumentando o grau de seletividade”, refere.

Para o novo ciclo, Constantino diz que “o COP tem de passar para uma prestação de contas mais desportiva e menos de contabilista-financeira, um controlo de natureza médica bem diferente”, mas acima de tudo “a principal preocupação é o acompanhamento dos atletas na preparação olímpica”, alertando ainda para o “insuficiente grau dos treinadores”.

O presidente do COP lembra que nos Jogos do Rio de Janeiro “60 por cento dos atletas fizeram resultados aquém daquilo que já fizeram.”

“Nos últimos dois meses tenho tido o cuidado de falar com muita gente. Se não avaliamos como rigor, corremos o risco de entrar no ciclo olímpico e depararmo-nos com o mesmo problema. Por isso, pedimos também às Federações para fazerem uma avaliação rigorosa dos resultados”, frisa.

Constantino revela que “o COP vai recolher dados nos balcãs e perceber como estes países, com a mesma dimensão de Portugal, conseguem ter resultados consistentes”.

Por sua vez, Humberto Santos, presidente do Comité Paralímpico de Portugal, afirmou que se “deram saltos muitos significativos em matéria de apoio, mas ainda longe das condições necessárias para poder preparar os atletas para Tóquio-2020”.

O líder do CPP admite que tinha “expetativas na natação, mas as coisas não correram como esperadas”.

“Temos enormes desafios para potenciar a prática desportiva ao nível da deficiência. Os rácios são muito baixos, desde logo através da Educação Física na escola”, referiu.

Já Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, diz que a grande aposta nos tempos atuais “é a capacitação dos técnicos”, acrescentando que “um dos maiores segredos do alto rendimento é a alimentação”.

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