Presidente da FPN acusa cronistas olímpicos de “uma estupidez incalculável”

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António José Silva, presidente da Federação Portuguesa de Natação, lançou, esta quinta feira, um feroz ataque sobre alguns cronistas olímpicos que estão a acompanhar os Jogos do Rio de Janeiro, acusando-os de “uma estupidez incalculável”, atestada de uma “cretinice militante”.

“De manhã acordei com um formigueiro estranho. Ainda tirei o fato para ver se passava mas, com ou sem fato, de facto a coceira não passava. Até de fato de treino, sunga ou qualquer outro vestuário a coceira continuava. Como eu não gosto de sentir comichão sem me coçar, cocei-me o que também conduziu a uma severa comicheira (maior que coceira). Ainda me automediquei com anti-histamínico mas nada, a comicheira aumentou. Afinal descobri a razão! Quando reli, agora com calma, o editorial do Expresso, do Público e a medalha de lata do Record sobre e às prestações dos nossos ‘olímpicos’ do Rio 2016, deu-se-me um surto de irritação cutânea que nem o ‘cossanço’ debelou”, afirmou o líder federativo na sua página do Facebook.

“Para não provocar a mesma irritação cutânea aos cronistas olímpicos, se bem que não seria mau que a sentissem no famoso orifício corrugado ou esfíncter muscular do retro posterior, usarei a espaços o panegírico de um distinto membro da classe que muito aprecio, um tal de António Guerreiro (AG), cronista regular do Público. A característica comum a este como outros cronistas que falam do que não sabem, que é de quase tudo, é a de que com a presunção de serem inconvenientes, procurando suscitar polémica, conseguem ganhar ampla reputação mediática”, refere o presidente federativo.

“O problema é que a máscara desta ousadia intelectual, aliada à presunção de uma inteligência que não possuem, atrai uma estupidez incalculável que eles, aliás, assumem, porque quanto maior a chacota de que são alvo, atestando a sua cretinice militante, maior a garantia de sucesso e sobrevivência. Alguns, uns quantos, ainda possuem a veleidade e a pretensão do desafio intelectual, mas rapidamente redundam nas alarvidades sem fim que mais não são do que posições acríticas de ideologias espontâneas, porque as ouvem, e colagens à estupidez ambiental (silly season)”, frisa António José Silva.

“Outros, uns quantos, fazem-no por vaidade que como se sabe tem uma relação estreita com a estupidez. E estes idiotas, acéfalos, centram-se de forma desmesurada e quase que obsessiva sobre o seu Eu a que conferem um privilégio único, como sendo detentores de uma vasto conhecimento geral que não têm. Parafraseando AG: ‘A linguagem da idiotia sustenta-se na ilusão de que equivale a um pensamento autónomo e suficiente’, reforça o líder da FPN.

“O problema de ambos, os pretensos corajosos e os idiotas vaidosos é que são protegidos por quem os paga e traduzem a manifestação estética e moral de uma presença que nos é familiar, porque entra em casa, assumindo mesmo a missão de estabelecer com os leitores uma relação de familiaridade, à maneira de uma conversa de tagarelas e de café. Esquecem-se que do lado anónimo estão os que abdicam das suas vidas para que eles possam no alto da sua idiotice ganhar, mal, a vida. Duas palavras finais. Aos Olímpicos que continuem na sua saga de superação e aos verdadeiros jornalistas que acompanharam a missão e a noticiam de forma embevecida e justa”, conclui António José Silva.

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