Portuguesa nada canal da Mancha para ajudar crianças (com vídeo)

 
  

A portuguesa Maria Conceição está a tentar atravessar o Canal da Mancha, com o objetivo de angariar fundos para a sua fundação no Bangladesh. Uma primeira tentativa, que chegou a estar marcada para o passado sábado, teve de ser adiada devido ao mau tempo.

A aventura já começou, com a travessia dos 32 quilómetros a partir do sul de Inglaterra e chegada ao norte de França.

A principal meta da filantropa é angariar 140 mil libras (166 mil euros), o que permitiria pagar os estudos de 172 crianças apoiadas pela Fundação Maria Cristina, fundada pela portuguesa há 11 anos e que já ajudou mais de 600 crianças e adultos do Bangladesh.

Primeira mulher portuguesa a subir o Evereste e detentora de três recordes mundiais de corrida, Maria Conceição aprendeu a nadar para atravessar o Canal da Mancha e ajudar as crianças do Bangladesh.

A constante necessidade de angariar dinheiro forçou-a a assumir mais este desafio, o que implicou, primeiro de tudo, aprender a nadar, no ano passado e, depois, habituar-se à água fria.

Em abril deste ano, instalou-se na ilha britânica de Jersey, e testou a resistência à água do mar, que naquele dia tinha uma temperatura de 10,4 graus centígrados.

Para um candidato à travessia ser aceite pela Associação de Natação do Canal tem de provar que consegue aguentar seis horas em água com menos de 15 graus centígrados.

Maria Conceição passou o exame no início de julho e passou por um rigoroso treino para esse novo desafio.

A travessia total do Canal pode durar entre cerca de sete e 27 horas, mas a filantropa portuguesa espera conseguir completar o percurso em entre 18 e 20 horas.

Maria da Conceição tem seis recordes registados no livro de Guinness, incluindo três alcançados em 2014, quando levou a cabo o desafio 777, que consistia em correr sete maratonas em sete dias em sete continentes.

Já correu várias maratonas, subiu a montes como o Kilimanjaro, Elbrus, Kala Patear, Denali e Island Peak, alcançou o Polo Norte em 2011 e em 2013 tornou-se na primeira mulher portuguesa a alcançar o topo do Evereste.

Decidiu criar a Fundação Maria Cristina – inspirada na mulher que a acolheu em casa perante as dificuldades da mãe biológica – para auxiliar crianças do Bangladesh, evitando que sejam vítimas de trabalho ou casamento infantil.

Além de ajudar na educação básica para as crianças, a Fundação Maria Cristina financia estudos secundários de forma a fortalecer as bases de futuras carreiras que possam garantir o sustento das famílias e resgatá-las da pobreza.

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