Oito longos meses. Foi a espera do polo aquático para a reposição da justiça para todos nós do polo aquático, na estratificação de risco por parte das entidades competentes, em comparação com outras disciplinas/ vertentes desportivas coletivas.
Foi já em abril de 2021 (8 meses depois) que a Direção-Geral da Saúde apresentou a revisão à (famosa) norma 36/2020, onde foram estabelecidas normas específicas para a retoma do Desporto e onde o polo aquático foi classificado de risco alto e que implicou e dificultou a retoma desta modalidade.
A norma 36 foi atualizada em 31/03/2021 e, ao contrário do que seria esperado, as medidas não foram aliviadas.
A (desejada) alteração do polo aquático para o risco médio aconteceu (finalmente), estando agora equiparadas às outras modalidade coletivas como o andebol, basquetebol, hóquei, corfebol, futebol, futsal e voleibol.
Mas aquilo que parecia uma notícia positiva, afinal não muda assim tanto!
As modalidades coletivas, consideradas de médio e alto risco, vão ter imensas dificuldades para regressar às competições.
Aliás, o governo apresenta exigências incomportáveis para grande parte dos clubes e mesmo associações das várias modalidades amadoras, pois obriga à realização de testes rápidos antigénio (TRAg) no dia dos jogos.
No ponto 22 pode, entretanto, ler-se que “para a retoma das atividades desportivas é obrigatória a apresentação de um resultado negativo num teste laboratorial para SARS-CoV-2, realizado nos termos da Norma 019/2020 da DGS até 72 horas antes do início das atividades, por parte de todos os praticantes de escalões de formação de modalidades desportivas de médio e alto risco”.
Quanto ao regresso da competição, a norma refere que as modalidades consideradas de médio risco – onde está (agora) o polo aquático – são obrigadas a fazer testagens aleatórias a metade dos atletas, equipa técnica e árbitros que exerçam a sua atividade sem máscara, em concelhos com taxa de incidência inferior a 120 casos por 100 mil habitantes.
Todas estas medidas agravam-se quando o concelho tem uma incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes.
Aliás, para que possam treinar os clubes terão de fazer testes a metade da equipa e equipa técnica de 14 em 14 dias.
Já os desportos considerados de baixo risco – onde estão o atletismo, natação, ciclismo, canoagem – podem regressar aos treinos e competições sem a realização de testes, mas seguindo as regras sanitárias definidas pela DGS.
Portanto, o governo, que deu autorização para o regresso aos treinos a partir do dia 18 de abril, com as competições a arrancarem a 3 de maio, torna, praticamente, incomportável o regresso aos treinos normais, principalmente, da Formação.