O nadador norte-americano Michael Phelps, que no Rio2016 fixou em 23 os ouros olímpicos e em 28 o número de medalhas no currículo, disse que teve um fim de carreira perfeito e que agora procura outros desafios.
“Espera-me um novo futuro. Tenho uma lista interminável de coisas por fazer. Esta foi a última vez que me viram a competir na água. Esta é a razão pela qual fui dominado pelas emoções no sábado à noite”, explicou.
Phelps foi campeão no Rio2016 nas provas de 200 metros mariposa, 200 estilos e nas estafetas 4×100 metros, 4×200 livres e 4×100 estilos: apenas ‘falhou’ nos 100 metros mariposa, em que foi segundo.
“Estou no melhor lugar possível. Estes Jogos são a cereja que queria colocar no bolo”, disse o ‘tubarão de Baltimore’, que se retira aos 31 anos.
Depois de conquistar a 28.ª medalha no currículo, contou que teve o ímpeto de acordar o seu filho Boomer, de apenas três meses: “A Nicole não achou muita piada, mas precisava abraçar o meu filho”.
Agora, Phelps deseja “salvar vidas”: “Quero que as crianças estejam mais seguras na água. Se posso ensiná-los a nadar, será um grande êxito”.
Questionado sobre os sucessivos casos de doping em várias modalidades, o mais bem-sucedido desportista da história lamenta que “o desporto no seu conjunto” esteja em crise.
“Todos os desportistas deveriam estar limpos. Se isso não acontece, deviam ser punidos. Alguém deveria tomar a iniciativa e provocar uma mudança. Não tenho a certeza de ter competido numa final com todos os adversários limpos. E isso é muito triste”, concluiu.