Pedro Pinotes (Sporting) é um dos atletas que vai ter apoio do governo angolano na participação dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, anunciou, esta quinta feira, o Ministério da Juventude e Desportos de Angola.
Tendo em conta o atual momento económico-financeiro e consequente restrição do orçamento, avaliado em 155 milhões de kwanzas, o governo angolano vai dar prioridade aos atletas que conseguiram os mínimos exigidos.
Esta informação foi prestada pelo diretor nacional para política desportiva do Ministério da Juventude e Desportos, António Gomes, durante uma conferência de imprensa, realizada na galeria do Desporto, em Luanda, para abordar o momento atual do desporto, num dia em que se assinalou os 50 dias antes dos jogos olímpicos, a decorrem de 5 a 21 de Agosto no Rio de Janeiro.
Para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro esta garantida a presença da Seleção Nacional de andebol feminino, Pedro Pinotes (natação), Antónia de Fátima “Faia” (judo), André Matias e Jean Luc Rasamoelina (remo) e vela optimist, enquanto Paulo Silva foi convidado pela organização do evento (wild card).
António Gomes sublinhou entretanto que as modalidades convidadas poderão ser incluídas se houver melhoria financeira ou se tiverem apoio de particulares ou do Comité Olímpico Angolano (COA), “porém terão todo afeto e acompanhamento da delegação” presente no evento mundial.
Assim, de acordo com a fonte, serão priorizadas a natação, remo, andebol, judo (e o atletismo adaptado para os jogos paralímpicos) que, por mérito próprio, conseguiram os mínimos exigidos para os Jogos. Foram convidadas pelas respetivas federações internacionais atletas angolanos das modalidades de tiro e vela.
Por haver modalidades com mínimos, Angola prescindirá do mecanismo previsto no âmbito da universalidade dos jogos, que estipula a participação de atletas do atletismo e da natação de cada país membro independente de ter ou não os mínimos requeridos, por forma a assegurar que todos os países participem da festa do desporto mundial.
António Gomes salientou que, apesar de a restrição advir da falta de verbas, é uma medida que “de certa forma” fará com que as equipas nacionais se empenharem mais nas próximas provas que ditam o apuramento, como maneira de evitar esta situação.
Ainda no âmbito da restrição o Ministério não prevê qualquer estágio no estrangeiro, no entanto, as equipas nacionais podem cumprir a preparação no fora do país caso obtenham patrocínios.