Obviamente… Força Portugal!

 
  

Já nos próximos dias, a seleção masculina de polo aquático disputará em Rio Maior a fase de apuramento para o campeonato da Europa Barcelona 2018. O formato da competição foi corrigido, conseguindo que todos os países pudessem ter uma derradeira chance de serem apurados, através do emparelhamento em play-off (casa-fora), fruto da classificação obtida neste fim de semana.

Explicando melhor: Portugal disputará três jogos, com a Lituânia, a República Checa e a Ucrânia. A classificação obtida (primeiro, segundo, terceiro ou quarto lugares) determinará jogar com um dos quatro últimos do “Europeu” anterior. Se tudo correr como se espera, Portugal irá jogar em janeiro ou com Malta ou com a Turquia, mas se calhar menos bem pode ter de jogar, por exemplo, com a Eslováquia ou a Geórgia, adversários de outro estatuto, se bem que ninguém pense que Malta ou Turquia serão assim tão mais acessíveis. Não o são de todo!

Para já, siga-se o velho conceito tão em voga nos tempos atuais e nos jogos desportivos coletivos que é “pensemos jogo a jogo”, e, com a necessária humildade mas também sentido de responsabilidade do momento, deseja-se e espera-se que o nosso selecionado corresponda às necessárias expetativas (elevadas) que consiste em vencer a República Checa e a Lituânia, equipas que se imagina estejam com um nível semelhante ao nosso. Não embarcamos em dizer que nestes jogos já se ganhou. Deve-se ser muito ponderado e nunca comparar resultados anteriores. A teoria dos jogos desportivos coletivos obriga-nos a respeitar com o máximo cuidado todos os adversários e é isso que também se pede aos nossos jogadores e equipa técnica porque os “outros” também jogam e terão as suas hipóteses.

Resta falar da Ucrânia, um adversário fortíssimo, é apenas a nossa opinião. Se os ucranianos trouxerem a melhor equipa, Portugal terá tarefa quase impossível. Porque na atualidade ninguém sabe o que estes novos países do leste europeu fazem com os seus profissionais que vão rodando e jogando em muitos campeonatos de países da Europa central, mesmo alguns de segunda divisão. São jogadores que possuem muita experiência e na casa dos 30 e tal anos, mas mesmo assim muito acima do nosso nível. Desejamos que não venham e que a Ucrânia traga uma equipa jovem, de “meninos” bem comportados e alinhados com as políticas de seleção desses países. Oxalá seja assim mesmo, sem desrespeitar de todo eventual vitória da nossa equipa, que a acontecer com a Ucrânia, seria inédito. Rui Moreira, um dos nossos melhores jogadores, lembrar-se-á ainda dos confrontos de há 12 ou 14 anos da Seleção do Norte e do Salgueiros com o campeão ucraniano – o Mariupol, onde se perdeu mais ou menos por oito golos de diferença. Será com certeza, à partida, um jogo difícil, mas ninguém alguma vez esperará facilidades.

Desejo a todos os jogadores que sintam o momento, a bandeira, as nossas cores. Ir à seleção é mesmo o máximo. E mesmo sendo pequena, toda a família do polo aquático português estará a torcer pelos melhores resultados possíveis. Ganhar em Rio Maior escolhe em teoria um adversário mais “acessível” no play-off de janeiro. Tente-se pois… a vitória.

Boa sorte para todos e também para o mister Fernando Leite na sua orientação nestes momentos tão aliciantes mas também tão intensos e difíceis.

PS: Aproveito para desejar a todo o staff federativo que as coisas corram bem e todos consigam os seus objetivos. Realizar ou poder realizar uma fase de apuramento dá sempre muito trabalho, mas também muita visibilidade. E todos os agentes desportivos do polo aquático nacional estarão com vocês e com a seleção. Espera-se pois que também as notícias do evento cheguem no tempo real para todos os interessados poderem acompanhar e usufruir deste momento decisivo do nosso polo aquático.

Obviamente, portanto – FORÇA PORTUGAL.

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