
Dizem que à terceira é de vez mas neste caso não há duas sem três…Terceiro dia de competição olímpica e mais um dia sem recordes do mundo. Esperemos que sirva de lição para comités organizadores futuros, que não vale a pena poupar na infraestrutura básica se isso comprometer o resultados dos atletas (seja de que modalidade for).
Menção Honrosa: Summer McInstosh (400 Estilos)
Primeiro titulo para o super talento canadiano que venceu de ponta a ponta a final dos 400 metros estilos. A vitória foi por larga margem mas ainda ficou longe do seu próprio recorde do mundo.
Touca de Bronze: Thomas Ceccon (100 metros costas)
Depois de o nadador chinês ter realizado o melhor tempo das meias-finais a expectativa era grande para ver o que Ceccon conseguiria fazer para contrariar o favoritismo de Xu Jiayu. E na final prevaleceu o recordista do mundo com um tempo que representa a melhor marca do ano apesar de 4 décimos mais lento que o seu atual recorde do mundo. Ceccon fez uma prova muito equilibrada fazendo-se valer da sua envergadura e da sua técnica irrepreensível conseguindo o seu primeiro titulo olímpico.
Touca de Prata: Tatjana Smith (100 metros bruços)
Há 3 anos atrás a nadadora Sul Africana estabeleceu um novo recorde olímpico na prova dos 100 metros bruços, mas foi batida na final por Lydia Jacoby. Este ano conseguiu redimir-se realizando o melhor tempo das eliminatórias, o melhor tempo das meias-finais e a conseguir vencer a final nas ultimas braçadas. Primeiro titulo olímpico para uma nação africana na piscina olímpica de La Defense. A nadadora chinesa fez mais de um segundo acima do seu recorde pessoal, feito em Abril deste ano, e apesar de ter liderado quase toda a prova, não conseguiu aguentar o ataque final de Tatjana Smith.
Touca de Ouro: Mollie O’Callaghan (200 metros livres)
A nadadora Australiana fez uma prova virtualmente perfeita no que à estratégia diz respeito. Passando sempre perto das rivais, aos 150 metros estava em terceiro mas com uma última viragem absolutamente demolidora passou logo para a posição dianteira. A partir daí continuou sempre a fugir das outras nadadoras conseguindo bater por 7 décimos de segundo a sua colega de equipa, e atual recordista do mundo, Ariarne Titmus.
Mollie conseguiu ainda estabelecer um novo recorde olímpico, o único nesta sessão, mostrando que está em excelente forma e perfilando-se como principal favorita à vitória nos 100 metros livres. Com as estafetas, poderá mesmo ser a nadadora mais medalha neste jogos olímpicos.
Touca de Lata: 200 livres masculinos
Na prova dos 200 livres David Popovici foi o vencedor mas com um tempo muito acima do que fez há cerca de um mês no campeonato da europa. Venceu por apenas 2 centésimos de segundo e mostrou-se em dificuldades preocupantes no final, o que pode dificultar a conquista do ouro nos 100 livres. Apesar disso a conseguir o seu primeiro titulo olímpico que acaba por ser justo pelo que tem feito desde 2021.
Se nos últimos anos, os 200 livres têm mostrado alguma evolução, sobretudo com atletas como Popovici, Marterns, Sun Hwoo, Dean ou Scott, hoje na final olímpica, voltou-se a nadar num tempo relativamente lento com o nadador romeno a vencer em 1.44.72. Há 20 anos atrás em Atenas, Ian Thorpe venceu com 1.44.8 e por exemplo em Londres 2012, Yannick Agnel venceu com 1.43.1, o que mostra que esta prova não tem evoluído, sofrendo mesmo um retrocesso no que à competição olímpica diz respeito.
Créditos da foto: World Aquatics Facebook