Michael Phelps ponderou suicidar-se após os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, revelou o nadador norte-americano em entrevista à CNN publicada esta quinta-feira.
“Depois das provas olímpicas, acho que caía num estado de depressão profunda”, admite o ex-atleta que conquistou ao longo da sua carreira 28 medalhas olímpicas, entre as quais 23 de ouro, tornando-o o atleta mais medalhado de sempre em Jogos Olímpicos.
“Estava sempre com fome de mais, queria ver até onde é que conseguia ir e qual era o meu limite”, confidenciou Phelps que, em Atenas-2004, após ganhar oito medalhas, teve o seu primeiro “tropeção” mental. “Alguma coisa não estava bem”, afirmou.
Phelps viria mais tarde a ser preso por conduzir embriagado e, em 2008, após as provas olímpicas, foi apanhado a fumar erva.
Os tempos eram conturbados para o nadador norte-americano e, em 2012, atingiu uma fase de rutura. “Já não queria saber da natação para nada, já não queria estar mais vivo”, disse à CNN.
Daí foi internado numa clínica de reabilitação, o que veio a ajudar a sua recuperação. “Perguntei-me muitas vezes: porque é que não fiz isto há dez anos? Mas, eu não estava preparado”, referiu na entrevista.
“Esses momentos, sentimentos e emoções estão a anos luz de ganhar uma medalha de ouro. Estou muito contente por não ter acabado com a minha vida”, frisou o ex-nadador.
Michael Phelps, através da sua fundação, é um embaixador para a saúde mental e participa, como orador, em várias conferências sobre gestão de stress no desporto.
Depois dos Jogos Olímpicos de 2012, anunciou a sua retirada das competições, mas acabaria por regressar em 2014 e, com 31 anos, colocou um ponto final na sua carreira nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.