Apenas… polo aquático, com as polémicas do costume, num jogo impróprio, desconcertante, e de difícil perceção, na final entre o Fluvial Portuense e o Vitória de Guimarães. Particularmente o último minuto, teve de tudo, com o jogo empatado e um penalty anulado ao Fluvial, por uma espécie de “paradinha”, e quase em simultâneo, por outro marcado a favor do Vitória, por aparente agressão, de um fluvialista. Neste sopro de tempo, decidiu-se o título masculino da época 2021/22 para o Vitória de Guimarães, que, à melhor de três jogos, venceu duas vezes, desta feita, por 9-8, na piscina de Lordelo do Ouro, completamente lotada.
O título deste artigo, em epígrafe, é uma máxima do polo aquático e esta final será recordada por muitos anos, acreditamos, pelos vencedores, pelos vencidos e pelos árbitros!
Sobre o jogo, o Fluvial Portuense faz uma tremenda exibição, mas… não ganha! Esteve a vencer 8-2, e não podia, nestas circunstâncias, deixar fugir o que tanto lhe tinha custado a amealhar. Jogadas vistosas, envolvimento coletivo, golos fantásticos, de tudo o Fluvial conseguiu até perto do final do terceiro parcial onde foi eclipsando! Pouco a pouco, o Vitória foi-se encontrando, e foi recuperando terreno. Daí a ganhar o jogo, ainda faltava muito. Mas conseguiu também com mérito e com o sortilégio da própria partida. E os títulos e a história dos mesmos são feitos destas situações.
O Vitória revalida assim o campeonato masculino, devendo-se salientar o trabalho do técnico Vítor Macedo e o guarda-redes Carlos Gomes, muito bom e decisivo.
Quanto ao Fluvial, merecia outro desfecho, e pelo menos, jogar um terceiro jogo, mas tudo foi por água abaixo num último minuto de pesadelo.
O polo aquático português mostrou que tem valor e ambas as equipas demonstraram muita qualidade. Faltarão, na modalidade, mais recursos humanos, melhor organização, maior implementação em todo o país (o polo precisa de uma região de Lisboa forte e ainda continuam a existir mesmo muitas piscinas com condições ótimas em todo o Portugal, onde as bolas de polo não podem entrar).
Falta ainda falar da arbitragem, que mesmo com a legitimidade de aplicação das regras, neste jogo ficou em situação difícil, porque ninguém percebeu (nem o Fluvial, nem o Vitória, nem o público) um último minuto que se arrisca a ficar na história dos campeonatos em Portugal.