O nadador norte-americano Jimmy Feigen pediu desculpas, nesta quarta feira, por ter omitido detalhes essenciais quando disse à polícia do Rio de Janeiro que ele e colegas de equipa dos Estados Unidos tinham lidado com um homem armado durante os Jogos Olímpicos.
Em comunicado publicado no site de uma firma de advogados de Austin, no Texas, Feigen disse não ter contado à polícia que os nadadores urinaram atrás de um posto de gasolina ou que o seu colega Ryan Lochte arrancou uma placa de propaganda de uma parede do posto.
“Percebo que cometi um erro ao omitir esses factos. Estava a tentar proteger os meus colegas de equipa e peço desculpas por isso”, disse Feigen, de 26 anos.
As alegações iniciais dos atletas, que disseram ter sido assaltados à mão armada, surpreenderam o Brasil, até a Polícia Civil acusar Lochte, de 32 anos, de inventar a história para cobrir o vandalismo no posto de combustível.
Em entrevista concedida à Rede Globo no sábado, Lochte disse lamentar ter exagerado na sua versão, mas afirmou não ter mentido.
Feigen disse que um homem apontou-lhe uma arma no posto de gasolina e que na ocasião não sabia dizer se o indivíduo tinha ligação com o posto. Ele e o também nadador Gunnar Bentz deram-lhe dinheiro, afirmou.
“Foi a primeira vez que me apontaram uma arma e fiquei aterrorizado”, disse.
Segundo a polícia, o homem que apontou a arma era um segurança do posto que cobrou dos nadadores que pagassem pelos danos no local.
As autoridades brasileiras devolveram o passaporte de Feigen e permitiram que ele deixasse o país depois de pagar uma multa
Feigen contou ter chegado em casa no final de sábado e elogiou a população do Rio “por sua hospitalidade ao sediar estes Jogos”.
“Não tenho nada além de respeito pela cidade por arcar com a responsabilidade enorme de sediar a Olimpíada e acho que o seu desempenho foi exemplar”, disse.
Foto: Albert Gea/Reuters