FPN faz esclarecimento das regras

 
  

O Conselho Nacional de Arbitragem enviou, esta segunda feira, um documento de instruções e aplicação das regras de polo aquático que o Chlorus teve acesso.

Trata-se de um esclarecimento, para todos os árbitros, clubes, associações territoriais e restantes agentes desportivos, das regras de polo aquático para a época desportiva 2016/2017 a aplicar desde dia 7 de novembro.

Controlo do jogo:

Sempre que o contacto entre dois jogadores atinge níveis muito perto do jogo duro, agressivo ou faltoso, a utilização da exclusão dupla, por 20 segundos, é a primeira medida a implementar.

A repetição deste comportamento implica a exclusão dupla e definitiva dos mesmos jogadores, ao abrigo da regra 21.13 “Má conduta“ e respetiva amostragem do cartão vermelho.

Sempre que os jogadores se confrontarem verbalmente durante um jogo, o árbitro deve reagir de imediato com amostragem de cartão amarelo, ou se no seu entender a ação praticada assim o exigir, deverá excluir os jogadores ao abrigo da regra 21.13 “Má conduta, com amostragem de cartão vermelho.

Sempre que um jogador reclamar de forma persistente e repetida das decisões da equipa de arbitragem deverá ser excluído da partida ao abrigo da regra 21.13 “Má conduta“. O cartão vermelho deverá ser exibido.

Deverá sempre imperar o bom senso.

O árbitro deve distinguir uma ação esporádica, num jogo controlado, de uma ação premeditada num jogo com altos níveis de disputa, quer física, quer de resultado, e agir de acordo com as regras.

Controlo dos bancos

Os árbitros não poderão ser permissíveis com protestos das suas decisões, por parte dos elementos do banco de jogo.

O árbitro deverá usar o bom senso de forma a distinguir um protesto isolado a uma ação do jogo, de atitudes repetidas de protesto em todas as ações do jogo.

O treinador principal que protestar, quer por palavras ou gestos, deverá ser advertido verbalmente para não repetir esse comportamento.

A repetição desse comportamento deverá ser punida com cartão amarelo.

O treinador principal é o máximo responsável pelo comportamento do seu banco, podendo ser punido por tal, ao abrigo das regras do jogo.

Todos os outros elementos do banco só podem ser punidos com amostragem de cartão vermelho

A amostragem do cartão vermelho a qualquer elemento do jogo implica que o mesmo deve abandonar o recinto de jogo.

Faltas ordinárias

Uma falta ordinária, a favor de um jogador que ataca, deverá ser assinalada sempre que:

– o jogador perde a posse de bola, bem como a possibilidade de a jogar, como resultado de uma infracção cometida pelo jogador defensor.

– o jogador perde a vantagem de poder continuar uma ação atacante, com bola, como resultado de uma infração cometida pelo jogador defensor.

O árbitro deverá ter uma especial atenção a estes pontos, especialmente na linha de 5 metros, no terminar de um tempo de ataque, ou de um período de jogo, o árbitro só assinalará falta ordinária, como o resultado de uma ação real cometida pelo jogador defensor.

Nestas situações, o árbitro deve abster-se de assinalar uma falta ordinária fácil a favor de um jogador que procura a falta em vez de procurar a ação atacante.

Nadar na zona dos 2 metros

Não é permitido a um jogador atacante, sem bola e à frente da linha da bola, nadar dentro da zona dos dois metros. Esta situação ocorre quando um jogador atravessa a nadar esta zona, muitas vezes em frente à baliza. Esta interferência deve ser punida com falta ordinária no ataque.

Da mesma forma, deverá ser assinalada falta de ataque, a um jogador atacante, sem bola e á frente da linha da bola, parado, dentro da área dos 2 metros em frente á baliza.

Esta situação ocorre frequentemente em situações de superioridade numérica.

Simulação

A simulação não é permitida e deverá ser punida com falta ordinária. A repetição desta infração deverá ser punida com falta ordinária e amostragem de cartão amarelo, aplicado a toda a equipa.

Após a amostragem do cartão amarelo, qualquer jogador que cometa a mesma infração será excluído ao abrigo da regra 21.13 “Má conduta”, com a respetiva amostragem de cartão vermelho.

Devemos entender a simulação, como um conjunto de ações cometidas pelos jogadores com a finalidade de iludir o árbitro nas suas decisões.

Normalmente este tipo de ações resultam num aumento de tensão dentro do campo de jogo e por vezes extensível à bancada, devendo portanto ser punidas de acordo com as regras.

Faltas de Ataque

O Pólo Aquático é um jogo de ataque, contacto e movimento. Uma falta de ataque deverá ser assinalada somente quando o jogador infrator ganhar uma vantagem efetiva na ação que está a realizar.

A falta de ataque também deverá ser assinalada sempre que a integridade física do jogador estiver em jogo.

O árbitro deve ver todas as infrações, contudo só deve assinalar as que realmente têm interferência direta na acção que se está a realizar.

O árbitro deverá diminuir o número de faltas a assinalar, longe do local da bola, de forma a tornar o jogo mais percetível.

Não é permitido qualquer ação, subaquática, que permita dar vantagem a um jogador (especialmente no jogo pivot-central).

Faltas de exclusão

WP 7.3 O árbitro tem o poder de marcar (ou não) qualquer falta ordinária, de exclusão ou penalty, sempre que essa decisão dê vantagem à equipa atacante. O árbitro deverá decidir a favor da equipa atacante, assinalando ou não assinalando falta, sempre que esta dê vantagem à equipa infratora.

O árbitro deverá ter sempre presente a regra W.P 7.3 decidindo em favor da equipa que ataca, sem penalizar uma boa ação defensiva.

WP 21.5 – Interferir com a marcação de um livre, lançamento de baliza ou canto

Instrução

Quando o árbitro assinala uma falta ordinária, na linha dos 5mts, com possibilidade de remate direto à baliza, o jogador infrator deverá separar-se do jogador atacante, recuando do local da falta. O jogador será excluído se não recuar, mesmo que não faça bloco e permaneça quieto no local da falta.

Nesta situação o árbitro deverá verificar se o jogador atacante remata à baliza e marca golo antes de excluir o jogador defesa. É preferível atrasar a atribuição de uma exclusão temporária do que anular um golo por antecipação.

WP 21.10 – Usar as duas mãos para agarrar um adversário, em qualquer lugar do campo

Instrução

Controlar, agarrar, empurrar, impedir o livre movimento de um jogador atacante, com as duas mãos é falta de exclusão.

Esta regra deve ser aplicada em todo o campo de jogo como forma de controlar os contactos entre jogadores e promover o movimento.

WP 21.11 – Um jogador defensivo cometer uma falta sobre qualquer jogador da equipa que tem a posse de bola, no momento em que ocorre troca de posse de bola, em qualquer zona do meio campo da equipa atacante.

Instrução

O árbitro deverá assinalar falta de exclusão ao jogador que cometa uma falta ordinária sobre um jogador adversário que não tenha a bola (nadar com a bola não é ter a bola), com a finalidade de evitar um contra ataque, ainda no meio campo adversário, após uma mudança de posse de bola.

Central-Pivot

O que é permitido

Luta pela posição atacante

Luta pela posição defensiva

Contacto entre os dois jogadores no desenrolar da luta de posições

Movimentos, ações isoladas e não sistematicamente repetidas por parte dos dois jogadores, contra as regras do jogo que não resultem numa vantagem real

Instruções

Todas as faltas podem ser assinaladas na zona Central –Pivot.

O árbitro deverá assinalar as faltas de acordo com o que a equipa/jogador tenta produzir.

Se um jogador pivot perde a posse de bola fruto de uma boa ação defensiva, deverá ser assinalada falta ordinária a seu favor.

Se o pivot tenta produzir algo mais e é impedido pelo jogador defensor à margem das leis, deverá ser falta de exclusão.

Não se deve “recompensar” com exclusão um jogador pivot que vai em direção contrária à bola.

Não são permitidos contactos na zona da cabeça por parte do jogador central, devendo ser excluído de imediato.

Não deve ser permitido o agarrar permanente de ambos os jogadores devendo o árbitro excluir os jogadores por 20 seg. (exclusão dupla).

Recomeço do jogo após exclusão de jogador sem bola

Sempre que numa situação de ataque posicional (6×6), o jogador central for excluído sem bola dentro da área dos 5 mts o jogo só recomeça com a indicação do árbitro, devendo este agir da seguinte forma:

Pára o jogo

Assinala o número do jogador excluído

Dá indicação para o jogador atacante para repor a bola em jogo

Em todas as outras situações em que o jogador central é excluído sem bola, estando sozinho com o jogador pivot, a reposição de bola em jogo deve ser feita de imediato e de acordo com as regras

Penalty

Um penalty deverá ser atribuído quando se verificam as seguintes condições:

– A infração que origina a falta ocorre dentro da área dos 5 mts

– O jogador atacante está completamente de frente para a baliza

– O jogador atacante não tem a bola mão

– Existe a real intenção do atacante terminar a ação.

Mais de 10 mil leitores não dispensam o Chlorus.
Fazer jornalismo de Natação tem um custo e por isso
precisamos de si para continuar a trabalhar e fazer melhor.
Torne-se nosso assinante por apenas 10€ por ano e
tenha acesso a todos os conteúdos Premium.



Comentários