
O polo aquático português tem um novo campeão masculino, o (Real) Fluvial Portuense que derrotou o Vitória de Guimarães nos penaltis, provavelmente na mais grandiosa final de playoff existente, onde três das partidas se decidiram nas grandes penalidades.
Este resultado muda o eixo da navegação, com o regresso de um clube de tradições natatórias ou aquáticas, em oposição a um clube de futebol, mas que nos últimos anos, face a um projeto de certa dimensão, vinha dominando o panorama nacional masculino.
O Fluvial passa assim a ombrear com outros grandes da Europa (Sabadell, Pro Recco, Nice, Spandau… serão apenas exemplos), também eles conhecidos pelas suas piscinas emblemáticas e cuja principal dominante será mesmo divulgação da natação nas suas várias vertentes.
Com uma equipa mais jovem, com miúdos provenientes da formação, o clube de Lordelo do Ouro demonstrou bom aproveitamento na designada “cantera” existente, com os históricos da casa ,Tiago Paraty e João leite a comporem bem o conjunto. Parece uma redundância, mas, de facto, ter piscina própria e horários de treino em horas nobres ou em condições, pode certamente fazer muita diferença.
Uma palavra para o jovem guarda-redes Samuel, porque terá tido muita influência num título destas características, decidido da marca dos 5 metros.
Sobre o Vitória, dever-se-á dizer que teve mesmo o jogo totalmente na mão (esteve a vencer por 5 golos), mas não conseguiu manter essa vantagem.
O treinador fluvialista João Pedro Santos (JPS) sucede a Vítor Macedo na galeria de técnicos vencedores. A verdade é que JPS já tinha sido campeão, mas faltava-lhe erguer o troféu naquela que será de facto a sua casa.
Parabéns mister!