A Federação Internacional de Natação (FINA) emitiu, esta quinta feira, um comunicado para esclarecer definitivamente o que esteve na origem da mudança da cor da água.
Na terça-feira, a água da piscina de saltos dos Jogos Olímpicos mudou de cor: de um azul transparente passou para um verde garrafa. A alteração foi evidente, sobretudo porque o azul mantinha-se na piscina ao lado, onde se disputavam as provas de polo aquático.
A especulação começou de imediato sobre os motivos que levaram a tal mudança brusca: falta de cloro, proliferação de algas, químicos errados. Numa tentativa de travar os rumores, Mário Andrada, porta-voz do Comité Organizador da Rio 2016, explicou que houve uma proliferação inesperada de algas no local, um problema que se agravou rapidamente por causa dos ventos fortes na região do Parque Aquático Maria Lenk, em Jacarépaguá – é a primeira vez, desde os Jogos Olímpicos de Barcelona, que a piscina de saltos é ao ar livre. Aliada às dificuldades de controlo do ambiente, a exposição solar poderia ainda contribuir para enfraquecer o efeito dos desinfetantes utilizados para manter a água limpa.
O Comité Organizador do Rio 2016 prometeu resolver o problema mas, na quarta-feira, além da piscina de saltos, a vizinha do polo aquático também passou do azul ao verde. E a especulação continuava, até que a Federação Internacional de Natação (FINA) emitiu um comunicado para esclarecer de vez o que se passou. “A FINA pode confirmar que a razão pela qual foi observada uma cor incomum durante as competições de saltos no Rio tem a ver com o facto de as piscinas terem ficado sem alguns dos químicos usados no processo de tratamento da água. Como resultado, o nível de PH da água estava fora do habitual, causando a descoloração. O comité de medicina desportiva da FINA conduziu análises à qualidade da água e concluiu que não houve risco para a saúde e segurança dos atletas, e nenhuma razão para que a competição fosse afetada”.