A ex-jogadora de polo aquático Ana Cláudia Cloves, depois de realizar nove cirurgias nos dois joelhos sem sucesso – lesão osteocondral (osso e cartilagem) –, descobriu um transplante biológico de joelho, ou seja, de um doador cadáver, segundo o site Globo.com.
Após receber o diagnóstico de que poderia parar de andar em três meses, a ex-atleta brasileira, de 40 anos, avançou com o novo método, tendo que se deslocar para os Estados Unidos, já que no seu país tal procedimento não é legal.
Segundo João Maurício Barreto, diretor científico do Grupo de Cirurgia de Joelho do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, “o enxerto não é feito no joelho todo, só nas partes que as cartilagens estão más”.
“A prótese é uma peça que vai desgastando com o tempo. Se é um idoso e anda pouco, aquilo dura 20 anos. Mas, se é novo, quer trabalhar, sair, se divertir, aquilo ali dura cinco anos, no máximo, não é adequado para jovens”, afirma o responsável clínico.
Por sua vez, Ana Cláudia Cloves está esperançada que a sua recuperação será um sucesso: “Aquilo deprimia-me, comecei a fazer tratamento psiquiátrico, tinha a previsão de parar de andar. Foi uma superação. Já tinha tentado de tudo, até descobrir essa equipa médica nos EUA. Fui à luta para arrecadar dinheiro, vendi até o carro, fiz campanha entre amigos. O primeiro joelho transplantado foi o esquerdo, agora é trabalhar no segundo. Estou fazendo reabilitação e a previsão é que me recupere até nove meses”.