Escolha de Setúbal é “prova da inequívoca qualidade organizativa de Portugal”, afirma António José Silva

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António José Silva, presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN), considera, em entrevista ao Chlorus, que a decisão da Federação Internacional de Natação (FINA) em escolher Setúbal para acolher a prova de qualificação olímpica de águas abertas é “prova da inequívoca qualidade organizativa de Portugal”.

Que significado para Portugal e para a Federação Portuguesa de Natação tem esta atribuição da FINA da organização, pela terceira vez consecutiva, da prova qualificação de águas abertas para os Jogos Olímpicos?

Prova da inequívoca qualidade organizativa de Portugal (FPN e C.M. Setúbal) no âmbito dos grandes eventos internacionais nas diferentes disciplinas e em particular das águas abertas, a que se aliam as excelentes relações institucionais entre a FPN e a congénere mundial, seja no mandato de Julio Magliogne, seja no de Husain al Mussalam.

De que forma se desenrolou todo este processo que fez cair Fukuoka e colocar Setúbal na organização da qualificação? Que argumentos da FPN valeram para a escolha portuguesa por parte da FINA?

A FPN foi contactada em março pela comissão executiva da FINA sobre esta possibilidade, face a alguns constrangimentos organizativos da prova no Japão. Em ato contínuo, a FPN contactou a CMS e o IPDJ no sentido de averiguar o interesse de ser sede desta importante prova. Após anuência e análise interna, avançamos com a concordância desta realização que exigirá um esforço acrescido da FPN, devido aos compromissos prévios em termos organizativos do Europeu de natação adaptada no Funchal, da maratona de qualificação olímpica em Setúbal e do Europeu de polo aquático sub-15 masculino em Loulé. Uma palavra de apreço a toda a estrutura da FPN, recursos humanos que permitem, com a sua resiliência, estas organizações consecutivas.

Que papel tiveram a autarquia de Setúbal e o próprio Comité Olímpico de Portugal neste desenlace favorável a Portugal?

A autarquia foi através da anuência e coorganização. O COP não teve nenhum papel.

Faltando pouco mais de dois meses até à data da qualificação, como esperam conseguir cumprir todos os requisitos organizativos num curto espaço de tempo?

Com a experiência organizativa e conhecimento dos cadernos de encargos de organizações prévias neste âmbito.

Em relação às duas anteriores edições, em termos organizativos o que pode ser diferente na atual qualificação, tendo em conta as restrições devido à covid-19?

Tudo o que se relaciona, à data, com a aplicação rigorosa das recomendações sanitárias decorrentes do enquadramento legal nacional e internacional (FINA) neste âmbito: vacinação, testagem, higienização e desinfeção.

Arseniy Lavrentyev e Vânia Neves garantiram em Setúbal as qualificações para os Jogos Olímpicos de 2012 e 2016, respetivamente. Nadar em “casa” poderá ser vantajoso para os portugueses conseguirem o visto olímpico?

Penso que sim, teremos três nadadores que podem disputar duas vagas, masculina e feminina, a quem foram dadas todas as condições de preparação, não obstante a COVID-19, para que possam disputar o apuramento, agora em território português com o apoio dos portugueses!

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