Ergue-se uma estátua para Leon Marchand

 
  

Mais um dia absolutamente épico nas piscinas de olímpicas de Paris, com 3 finais de grande nível. Hoje terminou a participação portuguesa em natação pura, restando ainda Angélica André na prova dos 10 km de águas abertas.

Touca de Bronze:  Florent Manaudou (50 metros Livres)

Fim de carreira inacreditável para Florent Manaudou que se tornou o primeiro homem a conquistar medalha na prova dos 50 metros livres em  quatro jogos olímpicos consecutivos. Com um estádio inteiro a gritar o seu nome, o capitão da seleção francesa embalou para a medalha de bronze depois de já ter sido campeão olímpico em 2012 e vice campeão olímpico em 2016 e 2021.

Touca de Prata: Kaylee McKeown (200 metros costas)

A nadadora australiana tornou-se talvez a melhor costista de todos os tempos assim que tocou na parede num novo recorde olímpico revalidando o titulo que conquistou em Tóquio. Obteve o seu quarto ouro olímpico individual e mais uma vez na frente de Reagan Smith.

Touca de Ouro: Ben Proud e Cameron Mcevoy (50 metros livres)

A prova de 50 metros livres masculinos trouxe para a final os 4 nadadores mais rápidos da história sem fatos de poliuretano.

Ben Proud já tinha conquistado múltiplas medalhas em europeus, jogos da commonwealth e mundiais, mas nunca tinha conseguido ganhar uma medalha olímpica individual ou de estafeta. Conseguiu, hoje, a medalha de prata numa disputa até à ultima braçada conseguindo de forma justíssima coroar a sua carreira com a chegada ao pódio olímpico na segunda posição.

Cameron Mcevoy foi sempre um dos nadadores mais talentosos do mundo. Em 2016 era o principal candidato ao ouro olímpico nos 100 metros livres e a uma medalha nos 50. Até 2023 nunca tinha ido além da prata individual em mundiais, tendo como currículo várias finais em que não conseguiu demonstrar o seu verdadeiro valor. No mundo da natação durante vários anos Mcevoy era considerado um nadador que não respondia bem à pressão dos grandes momentos.

Em 2023 quando muita gente pensava que já se tinha retirado da natação, fez o seu regresso às piscinas com um método de treino desenhado por ele, sem treinador oficial, apenas com colega a dar-lhe algum apoio na organização e cronometragem de tempos. Nesse ano surpreendeu o mundo ao ser campeão mundial com uma das melhores marcas de todos os tempos.

Paris representou a sua quarta olimpíada e à quarta foi de vez. Apenas tinha no currículo medalhas de bronze em estafetas, mas isso mudou hoje, com a conquista de um ouro histórico que o torna um dos mais velhos campeões olímpicos de sempre em natação (com 30 anos). O nadador australiano arrisca-se mesmo a ser uma histórias de regresso à modalidade mais felizes e surpreendentes desde o regresso de Anthony Ervin, também ele campeão olimpico nos 50 metros livres em 2000 e 2016.

Touca de Platina: Leon Marchand (200 metros estilos)

Figura máxima da natação mundial masculina, Leon Marchand prepara-se para ser a figura destes jogos de Paris depois da obtenção de mais um ouro e mais um recorde olímpico. O nadador francês venceu com a segunda melhor marca da história ficando a escassos 6 centésimos de segundo do recorde mundial do incrível Ryan Lochte. Atmosfera insuperável e irrepetível em La Defense com o público ao rubro a cada braçada do nadador francês. Certamente inesquecível para Leon Marchand que atingiu o estatuto de herói nacional.

Créditos da foto: World Aquatics Facebook

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