As duas nadadoras portuguesas, que hoje entraram em ação nesta edição dos Jogos Olímpicos (JO), não conseguiram superar os seus recordes pessoais.
A história da prova de cada uma das nadadoras é ligeiramente distinta, em particular na primeira metade.
A Tamila Holub conseguiu acompanhar as nadadoras das pistas adjacentes, mantendo um ritmo forte até cerca de metade da prova, sempre com parciais abaixo do recorde nacional absoluto (RNA), que é pertença de Diana Durães com o tempo de 16.15,12min. obtido em 2020. Na segunda parte, a nadadora não conseguiu manter os parciais que vinha a registar, impossibilitando dessa forma a obtenção do seu melhor tempo. Tratando-se de uns JO, a Tamila não tinha alternativa à tática que utilizou, sob pena de ficar a nadar sozinha e não ter qualquer referência próxima para o desenrolar da prova.
A Diana Durães, com uma entrada forte da nadadora que nadou ao seu lado na pista 1 e uma entrada mais lenta das nadadoras das pistas 3 e 4, acabou por ficar sem contacto visual próximo numa fase inicial da prova, tendo apenas como referência as nadadoras que estavam do outro lado da piscina e que iam a uma velocidade adequada aos seus objetivos. Desta forma, teve de assumir o seu ritmo de forma mais solitária, o que, no meu entender, acarretou custos energéticos mais elevados, levando a um abaixamento de ritmo por volta dos 650m. Caso a nadadora estivesse no pleno da sua forma, como aconteceu no dia em que alcançou o recorde nacional absoluto nesta prova, este seria o momento para incutir um ritmo mais elevado ao seu nado.
Tamila Holub ainda vai competir nos 800 livres no dia 29 de julho, tendo aproximadamente 72 horas para recuperar e preparar da melhor forma esta prova.
A avaliar pela idade mais avançada de atletas consagrados, que se encontram a competir nestes JO, a Diana deve começar já a pensar em Paris 2024!
A final desta prova realiza-se no dia 28 de julho, com o melhor tempo de 15.35,35min., alcançado pela nadadora norte-americana Kathleen Ledecky, fechando com o tempo de 15.58,96.
