O sexto dia da competição teve em ação três portugueses. Estreia olímpica para Camila Rebelo e Miguel Nascimento, e presença de Diogo Ribeiro na sua segunda prova individual. Destaque para Diogo Ribeiro que se tornou no 4ª nadador português a avançar das eliminatórias. O nadador português esteve em evidência ao vencer a sua serie com a sua segunda melhor marca de sempre, obtendo o 13º lugar de acesso às meias-finais.
Touca de Bronze: Hubert Kos (200 metros costas)
O nadador húngaro, campeão mundial dos 200 metros em 2023, já tinha mostrado estar em excelente forma quando melhorou o seu recorde pessoal (e recorde húngaro) nos 100 metros costas. Treinado por Bob Bowman, antigo treinador de Michael Phelps e atual treinador de Leon Marchand, fez uma prova do ponto de vista estratégico irrepreensível. Esteve sempre nas posições dianteiras nunca deixando fugir totalmente o nadador grego Christou. Dono de uma técnica perfeita, Kos fez-se valer uma última viragem excelente e uma mudança de ritmo nos últimos metros para conseguir levar de vencida a dura prova de 200 metros costas. Primeiro titulo olímpico para este atleta que já é destaque internacional desde os seus tempos na categoria júnior.
Touca de Prata: Kate Douglass (200 metros bruços)
A multifacetada nadadora americana abdicou de várias provas para se poder focar nos 200 bruços e 200 estilos. A decisão tomada para ter colhido frutos porque liderou desde o inicio contra a anterior campeã olímpica, Tatjana Smith. Era um dos duelos mais aguardados da tarde e correspondeu as expectativas, sendo que Douglass conseguiu assegurar o seu primeiro ouro olímpico da última braçada.
Touca de Ouro: Summer McIntosh (200 metros mariposa)
A talentosa nadadora canadiana era a favorita á medalha de ouro embora Reagan Smith se pudesse intrometer nessa luta, nunca esquecendo Zhang Yufei que tinha conquistado o ouro em Tóquio. Mesmo com um tempo em cima do seu recorde pessoal, Reagan Smith, não conseguiu contrariar McIntosh que nadou a distância nuns fantásticos 2.03.03 que representam um novo recorde olímpico. Esta marca ganha ainda mais relevância por se começar a aproximar do dificilíssimo recorde do mundo de Liu Zige de 2.01.81 que dura desde 2009 da época dos fatos de poliuretano.
Touca de Lata: Brett Hawk (Treinador Australiano)
O treinador Australiano lançou um vídeo muito polémico nas suas redes sociais questionando os resultados dos 100 metros livres do dia anterior. As acusações que faz no vídeo ao nadador chinês Pan Zhanle são gravíssimas uma vez que o nadador chinês nunca testou positivo num exame antidopagem. Brett Hawke tem certamente algumas credenciais como nadador, visto ter sido finalista olímpico, embora nunca tenha conquistado uma medalha olímpica, e intitula-se com um dos grandes gurus da natação de velocidade. No vídeo chega mesmo a dizer que estudou todos os grandes velocistas dos últimos 30 anos e sabe como é que eles conseguiram esses resultados mas que os 46.40 de Pan Zhanle são impossíveis.
Apesar da nuvem negra que paira sobre a seleção chinesa devido a um passado recente com controlos antidopagem positivos, todos os atletas devem ser considerados inocentes até testarem positivo. Pan nunca acusou uma substância ilegal, sendo que este treinador australiano não questionaria este resultado se tivesse sido Kyle chalmers ou David Popovici a nadarem tão rápido (os outros medalhistas da prova dos 100 livres).
Vídeo particularmente infeliz por parte de uma figura importante da natação. Parece haver um viés no que à sua análise desportiva diz respeito quando se trata de um atleta do seu país ou um atleta chinês, visto que várias vezes já enalteceu os resultados de Shayna Jack (nadadora australiana que esteve 2 anos suspensa por doping).