Cuidado com Chalmers!

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O segundo dia de finais da competição olímpica trouxe-nos marcas extraordinárias, duas das mais esperadas provas da competição: 400 Livres feminino e os 4x100L masculinos.

A expectativa era grande nos 400L para ver se Katie Ledecky revalidaria o título olímpico, vencendo a atual líder do ranking Titmus. E como vendeu cara a derrota. Foi uma prova do ponto de vista tático perfeita para a australiana que quase nadou em negative split, virando a meio da prova em 1.58.1 nunca, estando a mais de meio corpo de distância de Ledecky. A americana fez o seu segundo melhor tempo de sempre, mas a australiana foi simplesmente mais forte, tendo estabelecido um novo recorde da Oceânia, ficando a apenas dois décimos do recorde do mundo.

Já a estafeta de 4x100L prometia um duelo de guerra fria entre EUA e Rússia, mas os americanos não deram qualquer hipótese, nadando com um quarteto que se aproximou perigosamente do recorde do mundo de Pequim 2008. Se os americanos estiveram praticamente irrepreensíveis, o mesmo não se pode dizer da Rússia que acabou num desapontante e até humilhante (para as suas aspirações) 7.º lugar.

Destaque para Itália que fez uma prova perfeita com todos os seus nadadores na casa dos 47 segundos, conseguindo pela primeira vez uma medalha olímpica nesta prova. De encher o olho foi a performance de Kyle Chalmers. Quando rendeu aos 300 metros partiu em sexto, mas num parcial completamente louco de 46.4 recuperou de uma desvantagem quase irrecuperável até à medalha de bronze, ficando apenas a um décimo da prata dos italianos.

E assim o australiano veio mesmo para disputar o ouro e se se mantiverem as estratégias de prova nos 100 metros individuais, Chalmers tem mesmo fortes possibilidades de vencer Dressel e revalidar o título olímpico. Até lá ficamos a salivar por esse duelo, mas, ganhe quem ganhar, que seja com recorde do mundo.

Noutra nota positiva, Francisco Santos teve em destaque ao estabelecer novo máximo nacional na prova dos 100 metros costas. Estreia em grande para o nadador português que augura uns 200 costas de nível ainda superior.

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