Os atletas olímpicos, na categoria de águas abertas, vão nadar entre “fezes humanas”. Esta foi a última polémica, divulgada esta semana, relacionada com a organização dos Jogos Olímpicos no Brasil.
Em causa está a Baía de Guanabara, local onde decorrerão algumas provas aquáticas, e que ambientalistas revelaram ao The New York Times que tem elevados níveis de poluição.
Vânia Neves é a única representante portuguesa na maratona de 10km de águas abertas.
A polémica é, agora, reforçada pelo biólogo Mario Moscatelli que, em declarações ao jornal As, lembra que em agosto do ano passado, dez toneladas de peixe surgiram mortos no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, enchendo a cidade com um cheiro a “ovo podre”. A situação pode repetir-se, alerta.
“A cidade está inundada de m… por todos os lados. Os novos rios que desaguam na região estão totalmente contaminados por lixo e pelas águas sanitárias. As águas que fazem fronteira com as principais instalações parecem muito bonitas nas fotos, mas estão podres “, diz o biólogo, que defende que o sucesso dos Jogos Olímpicos está “à mercê da natureza”.
Recorde-se que os nadadores foram aconselhados a nadar nestes locais de boca fechada, devido ao elevado estado de contaminação das mesmas.