António José Silva, presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN), considera que os Jogos têm de ser projetados “a três ciclos olímpicos”.
O líder federativo está a participar na II Convenção Portuguesa de Natação – Rumo a Tóquio 2020, a ter lugar no Instituto Universitário da Maia.
“Não podemos continuar a projetar a quatro anos os Jogos, tem de se perspetivar a três ciclos olímpicos, em 2024 as esperanças olímpicas e em 2028 a deteção de talentos”, afirmou, dotando “os programas de recursos necessários”.
O presidente da FPN diz que “há um problema que é do próprio sistema desportivo que é a questão das infraestruturas desportivas cujo uso é restrito”. “Um exemplo foi o Jamor, mas as coisas estão muito melhores, mas há um que não conseguimos resolver que é o Estádio Universitário de Lisboa. Temos muitas instalações, mas temos muitos problemas em situação de treino e competição”, acrescentou.
António José Silva refere que “há pouco dinheiro investido no desporto a nível global e a nível do alto rendimento”, lembrando que no último ciclo olímpico “a dotação anual para a FPN diminuiu dois milhões e 800 mil euros”.
O presidente da FPN mostrou-se satisfeito pelos resultados obtidos nos Jogos do Rio de Janeiro, destacando as duas posições de meias finais. “Conseguimos resultados que há 28 anos não alcançávamos”, vincou, “mas é possível fazer muito mais mesmo com o mesmo financiamento”.
O líder federativo referiu ainda que “não pode haver um divórcio entre a preparação olímpica e alto rendimento, recordando que “há atletas que os Jogos correram mal, mas tiveram bons resultados no ciclo olímpico”.