António José Silva defende inclusão de olímpicos e paralímpicos “na lista prioritária de vacinação”

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António José Silva, presidente da Federação Portuguesa de Natação, defendeu, esta quarta-feira, “a inclusão dos atletas com participações agendadas para competições continentais (campeonatos europa e do mundo e Jogos [Olímpicos e Paralímpicos]) na lista prioritária de vacinação”.

O líder federativo esteve hoje a participar numa audição pública da Assembleia da República, a convite da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Entre as medidas a curto prazo, o presidente da FPN considera que deve ser feita “a alteração da recomendação nº 36/2020 de 25 de agosto, especificamente às normas sanitárias atletas e público, desporto nos escalões formação e a classificação dos desportos quando ao risco”, bem como haver “o apoio imediato aos clubes e associações desportivas locais”.

A médio prazo, António José Silva, defensor da “criação de um observatório sobre o desporto”, refere que deve ser revisto “o orçamento do desporto, em sede do programa orçamental que, anacronicamente, aparece, mais uma vez, depreciada com outras áreas de atividade no Instituto Português do Desporto e Juventude”, reativando “a conta satélite do desporto, fator estruturante indispensável para sedimentar a compreensão de como o desporto está a influenciar a sociedade contemporânea e respetivas consequências políticas para os cidadãos e as suas comunidades”.

A longo prazo, o responsável federativo diz ser essencial “apresentar a agenda nacional para o desporto (21-27) com consequências, não só nas prioridades de financiamento nacionais, mas também no apoio tradicional que o setor do desporto tem recebido da União Europeia”.

António José Silva considera que “o apoio ao setor em Portugal, devia, a exemplo da generalidade dos restantes países europeus, ter sido já reconhecido e disponibilizado, através do pilar de recuperação dos orçamentos específicos ou de linhas de ação no REACT-EU, via pacote e unidade de recuperação e resiliência”, acrescentando que “a prova mais evidente de que o desporto de pouco vale para o governo e para os partidos com assento parlamentar é o facto de não terem existido, ao contrário de outras atividades e setores, verbas adicionais para o desporto em sede de orçamento de Estado ou em qualquer outra sede”.

Segundo os números de 2020, registou-se uma redução de 80 por cento do número de filiados de 110.000 para 21.000 e uma diminuição de cerca de 20% do número de clubes desportivos por asfixia financeira.

Atualizado às 17h52 de 10 de fevereiro de 2021

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