A época 2016/17 vem sendo dominada pelo Paredes e o Fluvial. Não dando qualquer hipótese à concorrência, disputaram no passado dia 13 o último jogo entre ambos antes do playoff. Este encontro possuía ainda o aliciante de definir a equipa que conquistava o fator casa.
Nos três encontros anteriores, o Paredes venceu os dois jogos da primeira fase e o Fluvial vinha de uma vitória obtida na casa do Paredes na 1ª volta da 2ª fase.
É extremamente raro encontrar números estatísticos dos jogos de polo aquático do nosso campeonato nacional. Por esse motivo, eu venho publicando desde o início da 2ª fase da época 2015/16 vários parâmetros dos jogos. Hoje deixo ficar os números totais coletivos do jogo já referido.
Observando a tabela dos valores totais, existem 3 dados coletivos que se salientam e que explicam perfeitamente o resultado final:
– O Paredes efetuou mais 10 remates enquadrados com a baliza. Apenas 5 remates foram para fora da baliza, por isso sem possibilidade de influência do guarda redes e 1 acabou em bloco. Estes números são impressionantes, muito acima da média nacional.
– O Paredes teve mais 13 pontos percentuais de eficácia no remate.
– A eficácia de remate do Fluvial muito fraca (a média nacional esta época rondou os 32%). Apenas 50% dos remates “foram” à baliza. Ainda neste aspeto, saliento os 7 blocos efetuados pelo Paredes.
O último destaque coletivo vai para os 43% de peso nos golos obtidos em superioridade numérica relativamente aos golos totais do Fluvial. Número muito acima da sua média nesta época.
A nível individual destaco as 17 defesas do guarda-redes Carlos Gomes, do Fluvial (o recorde de todos os jogos que controlei nas últimas 2 épocas é precisamente de 17 defesas). O jogador que mais se destacou nesta equipa. Curiosamente a sua eficácia foi exatamante igual a Mykola Yanochko, com 61%, mas com muito mais ações no jogo.
Eu estava muito curioso com este confronto extra, entre guarda-redes. Os 2 quadros individuais apresentados representam o local da baliza para onde foram efetuados os remates e a eficácia que eles apresentaram. A perspetiva da baliza é do atacante. Curiosamente (neste jogo), o local da baliza mais forte de Mykola (canto inferior esquerdo) foi o mais fraco do Carlos. Este foi mais eficaz nos remates ao poste direito.
O Fluvial distribuiu os seus 36 remates por 10 jogadores. O Pedro Sousa foi o jogador com mais peso nos remates totais da sua equipa (22%) seguido do Tiago Parati (19%). Acabaram o jogo com eficácias abaixo dos 15%.
No Paredes remataram 8 jogadores. O Ricardo Teixeira teve o dobro dos remates de Tiago Costa, Rui Ramos e Miguel Mariani. Acabou o jogo com uns bons 45% de eficácia. Uma nota neste capítulo. O António Cerqueira e o Ricardo Sousa, duas grandes referências ao longo das últimas épocas em Recarei, apenas pesaram 11% nos remates totais da sua equipa.
No início de junho começa o play off com o primeiro jogo agendado para Recarei.
Foto: Facebook da FPN