David Grachat, a principal figura da Seleção Nacional no Europeu de natação adaptada que recentemente se realizou no Funchal, promete aos portugueses, em declarações ao Chlorus, “sangue, suor e lágrimas” nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em setembro.
O nadador luso, de 29 anos, conquistou, na competição organizada pela Federação Portuguesa de Natação, duas medalhas de bronze nos 100 e 400 livres S9.
“O primeiro momento, na prova dos 100 livres, foi arrepiante, estava muito mais nervoso a subir ao pódio do que na prova, é uma emoção enorme podermos subir ao pódio em nossa casa e ainda por cima numa prova que nem estava nos meus planos, foi algo especial. A segunda [pódio dos 400 livres] já foi diferente, mais calmo, mais sereno, mas com muita felicidade e emoção”, confessa o atleta da Gesloures, que mantém “as mesmas expetativas” para os Jogos Paralímpicos, esperando concretizar o sonho de alcançar uma medalha: “Os portugueses podem esperar de mim muito sangue, suor e lágrimas. Espero que sejam de felicidade, mas certamente que irei dar o meu máximo se conseguir medalha, não depende só de mim. Seria o concretizar de um sonho, mas uma coisa prometo, vou dar o meu melhor”.
Quando faltam 17 semanas para os Jogos, o nadador português tem previsto realizar dois estágios, um de três semanas em altitude em Serra Nevada e o segundo em Rio Maior, participando ainda em duas competições nacionais. “Gostaria de ter mais uma competição a nível internacional, mas infelizmente não há dinheiro para tudo”, refere.
Sobre a candidatura de Portugal à organização do Mundial de 2017 de natação adaptada, Grachat diz que o sucesso do Europeu da Madeira pode vir a ajudar o nosso País a ser o escolhido: “Foi, sem dúvida, o melhor em que já participei, desde os transportes, à alimentação, à organização dentro do recinto. Estava tudo muito bem organizado. O IPC ficou satisfeito, assim como os atletas. Por tudo isto podemos sonhar com um Mundial cá”.
Foto: FPN